ARQUITETURA FOLIAR EM POPULAÇÕES DE MILHO DE CICLOS CONTRASTANTES
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2019v13n2p168-177Palavras-chave:
área foliar, melhoramento genético, Zea maysResumo
O conhecimento da arquitetura foliar, bem como área foliar de populações crioulas é importante para poder selecionar materiais promissores para futuros cruzamentos. O trabalho teve como objetivo determinar o perfil das plantas de milho de ciclo superprecoce, precoce e tardio em seus diferentes estágios vegetativos, levando em consideração a disponibilidade hídrica e determinar a área foliar. A população usada no experimento era composta por 21 acessos, sendo sete para cada ciclo (superprecoce, precoce e tardio). Foram feitas avaliações de comprimento da folha, largura de folha, altura de planta, área foliar por estádio vegetativo, altura de inserção da espiga, comprimento e ramificações do pendão, comprimento de internódios, diâmetro do colmo. Os dados foram submetidos à análise de variância, ao grau de significância de 5% de erro pelo teste de Tukey. Os genótipos de ciclo superprecoce, precoce e tardio avaliados nos anos 1 e 2 apresentam arquitetura foliar de pentágono irregular invertido. O maior incremento em área foliar ocorre a partir do estágio V10 em populações crioulas para os diferentes ciclos. A disponibilidade de água no solo afeta diretamente a área foliar principalmente no período vegetativo e, consequentemente, componentes como diâmetro do colmo e distância de internódios.
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